domingo, 18 de setembro de 2011

Tenho pensado...

... muito nas minhas razões para gostar tanto de comida. 


Comprei um livro muito interessante, este:



Comprei porque, quando lí a sinopse, ela veio de encontro ao que eu já estava conseguindo definir como sendo as razões ocultas para os meus impulsos gastronômicos.

Eu sempre gostei de ter amigos especiais. Claro que tive alguns que nada tiveram de especiais e que tive que extirpar definitivamente da minha vida (alguns de forma dolorosa mas efetiva), mas alguns são muito antigos e, mesmo com muito menor comunicação por estarem longe, procuro mantê-los perto do coração. Entre esses contam-se John, RHe, Ge, que já são amigos há 17 anos. Estão longe, mas continuam amigos queridos. Tem a Rê daqui, que conheço há quase uns 10 anos, e mais alguns, atualmente muito mais selecionados. Prefiro qualidade a quantidade.

Marido foi meu amigo antes de ser marido... e continua sendo o melhor e o mais especial. Ele veio no mesmo pacote em que chegaram RHe, Ge e John, há 17 anos atrás. Virou marido em novembro de 1997, com direito a cartório e sobrenome novo para mim :)

Bem... voltemos ao livro que é o assunto deste post. Assim estava escrito na sinopse do livro que lí na loja virtual:

"Você já parou para pensar que todas as nossas emoções se relacionam com o que comemos? Ansiedade, alegria, tristeza, excitação, hesitação, amor ou falta dele... Isto é porque o alimento não é simplesmente mera consequência, ele também está na origem de nossas emoções." 

Bastou ler isto para saber que o livro seria uma boa aquisição. E sim, estou adorando!

Falei nos amigos? Claro! E o que eles tem a ver com isso? A comida é um catalisador para as amizades. Quase todas as atividades pré-amizades, pelo menos no Rio, se desenrolam em uma mesa de restaurante ou de um barzinho fofo, comendo pizza, batata-frita e um chopinho bem tirado (ou suco, refrigerante, dependendo do gosto do freguês). A reação química e o que vai resultar dela vai depender da qualidade de cada matéria prima presente.

Quando vim para a serra, meu problema com a balança tornou-se mais agudo e a modificação de hábitos mais premente. A falta do Rio, do calor dos amigos e das mesas dos restaurantes, em torno das quais rolavam papos os mais interessantes, me arrastaram a inacreditáveis orgias alimentares "inside", buscando lá no fundo do meu inconsciente a satisfação de que eu me privei vindo para cá. O fato é que o que se come nessas mesinhas cariocas não chega nem à milésima parte da energia calórica do papo. O que realmente importa são as pessoas que estão ali. Aqui na serra criou-se uma carência enorme de meus amigos, da alegria contagiante das noites quentes, uma saudade que, com o tempo, está se tornando avassaladora.

Aí é que entra o resto... a meditação, a busca de uma satisfação espiritual que transcenda a parte material da coisa. A mudança de hábitos, preenchendo as faltas, pode me levar a um retorno aos hábitos anteriores e consequentemente a não engordar mais.

Mais um pedacinho da sinopse: 

"a autora traça a relação entre nossos sentimentos não digeridos e situações mal resolvidas com a comida. Afinal, só deveríamos comer o que temos vontade quando estamos com fome; da mesma maneira que, quando não estamos com fome, devíamos apenas nos permitir sentir o que realmente estamos sentindo, ao invés de atacar a geladeira."


Muito real isso! 



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